terça-feira, 6 de outubro de 2009


DESMATAMENTO - A situação atual do planeta

Matéria publicada no Informativo n° 21 - setembro/outubro de 1998

Texto de Marcelo Szpilman*
Com o ritmo impressionante e crescente de desmatamento e destruição das florestas do planeta que o homem vem empreendendo nas últimas décadas, nunca antes presenciado, muito pouco do remanescente de florestas nativas sobrará. Há dez mil anos, 55% das terras do planeta eram cobertas por florestas. Dos quase 70 milhões de km2 que se estendiam pela superfície da Terra, restam hoje pouco mais de 20 milhões. Ou seja, dois terços dessa cobertura vegetal original não existem mais. As florestas resumem-se atualmente a cerca de 32% dos continentes.

Depois da Ásia, a América Latina é o continente que mais destruiu suas florestas. A área desmatada na região é quase do tamanho da Floresta Amazônica. Na América Latina, foram desmatados 4,76 milhões de km2, o que corresponde a quase 41% da área original. A área perdida corresponde a 86,5% da Amazônia, que tem 5,5 milhões de km2. A pior situação, entretanto, é a da Ásia. Os asiáticos perderam 31,76 milhões de km2 de florestas, ou 88% de sua cobertura florestal original, e somente 5% do que restou estão legalmente protegidos.
Seis anos depois da Rio-92, o Brasil ainda é o país que mais perde florestas em todo o mundo, todos os anos. Por isso detém o triste título de campeão em área anual desmatada. Os dados de satélite indicam que a taxa anual de desmatamento no país é de 15 mil km2. A situação é particularmente grave para a Mata Atlântica, que teve 93% de sua cobertura original destruídos. Estão ainda irremediavelmente perdidos 15% da Floresta Amazônica e 30% do Cerrado.
As florestas tropicais são o alvo predileto das queimadas e da extração de madeira. Entre 1960 e 1990, um quinto das matas tropicais foi destruído em velocidade alucinante. Seis países sozinhos foram responsáveis por 58% desse total: Brasil, Indonésia, Congo, Bolívia, Malásia e Venezuela.
O Brasil, que abriga 17% das florestas nativas do mundo e 34% das florestas tropicais, apenas nos últimos três anos, devastou uma área de floresta tropical quase igual à da Bélgica e da Holanda somadas __ representa 11% de tudo o que já foi derrubado na Amazônia nos últimos quatro séculos.
A Indonésia, segundo país com mais florestas tropicais, é o vice-campeão no ranking da devastação. Entre 1990 e 1995, destruiu uma área maior do que a Dinamarca. Pôs no chão, apenas no ano passado, 20 mil km2 de florestas, o equivalente ao Estado de Sergipe.
Dados atuais compilados pelo WWF, em estudo realizado em conjunto com o Centro Mundial de Monitoramento da Conservação (WCMC), indicam que as florestas tropicais continuam a ser destruídas em uma velocidade impressionante: 17 milhões de hectares por ano. A continuar nesse ritmo, em 50 anos as florestas naturais da Costa Rica, Malásia, Paquistão e Tailândia terão desaparecido por completo.
Perdas em quantidades similares também são verificadas nas florestas temperada e boreal do Canadá, Europa, Rússia e EUA. Do total de florestas nativas hoje existentes no planeta, 60% se concentram na região boreal da América do Norte e da Rússia, onde a variedade de espécies é mínima __ predominam as árvores de Pinnus. Com 25% das florestas nativas do mundo, o Canadá é o maior exportador de celulose e madeira. Nos EUA continental, resta apenas 1% de florestas nativas. A Rússia, que tem 26% das florestas nativas do planeta, já ameaça um quinto delas. Com a extração de madeira, as ex-repúblicas soviéticas perderam 35% de suas florestas originais, uma área equivalente à metade do Brasil.
“O Brasil possui a maior área de floresta tropical do planeta e torna-se imperativo que o governo tome iniciativas para protegê-la” , afirma Garo Batmanian, diretor-executivo do WWF Brasil. Para o diretor da Campanha de Proteção de Florestas do WWF, Francis Sullivan, o mais dramático é que o ritmo de destruição tem se acelerado nos últimos 5 anos e continua a crescer. Com a redução das florestas nativas no mundo, países como o Brasil são cada vez mais procurados por madeireiras estrangeiras, principalmente as asiáticas.
Na Amazônia, grande parte das madeireiras age fora da lei, derrubando a floresta sem prestar contas a ninguém e sem nenhuma preocupação ecológica. O governo brasileiro, leia-se Ibama, admite que 80% do comércio de madeira no país é, no mínimo, irregular. Este processo, além de causar um dano irreparável para o meio ambiente, tem um agravante para nós brasileiros: nossa floresta se perde e pouca riqueza é gerada para o país.
A devastação atual das florestas tropicais tem motivação diferente da que destruiu os bosques temperados europeus e norte-americanos séculos atrás. Apesar de não ser uma justificativa para tal ação contra o meio ambiente, há de se ter em conta que, não só naquela época não se tinha a noção de preservação que hoje "achamos" que temos, como lá as florestas foram derrubadas para a utilização dos solos férteis que elas escondiam e para a expansão das áreas urbanas e industriais. Para as regiões tropicais essa fórmula não funciona. Na Amazônia, apenas 9% do solo tem aptidão para a agricultura. Na área restante, a camada fértil é pouco profunda e não agüenta mais do que cinco anos de cultivo. Na África Central as condições são semelhantes. As florestas tropicais estão estão sendo destruídas para virar madeira ou ardendo sob o fogo colocado para abrir espaço para agricultura e pecuária de baixa produtividade. O Congo, ex-Zaire, que ocupa a terceira colocação entre os maiores desmatadores do planeta, perdeu entre 1990 e 1995 o equivalente a uma Bélgica. Todo ano, os vizinhos Congo, Camarões, República Centro-Africana e Gabão devastam uma área maior do que três municípios do Rio de Janeiro.
Outro dado preocupante é a pequena quantidade de florestas protegidas na América Latina. Das florestas restantes no continente, apenas 600 mil km2, ou 9%, constituem parques ou reservas, uma área menor do que o Chile. Isso significa que 91% das florestas remanescentes não possuem qualquer proteção legal. Mesmo quando estabelecidos, alguns parques não chegam a sair do papel, como é o caso do Brasil, com seus 36 parques nacionais “oficialmente” implantados. Alguns deles não têm nem mesmo a área totalmente demarcada.
Ao lançar os mapas denunciando a destruição das florestas no mundo, o WWF fez um apelo para que seja criada, até o ano 2000, uma rede de áreas legalmente protegidas cobrindo pelo menos 10% de cada floresta nativa remanescente no planeta (veja no mapa mundial de florestas os atuais percentuais de áreas protegidas nos continentes).
O Brasil deu o primeiro passo para cumprir tal meta, o equivalente a uma área de 37 milhões de hectares apenas na Amazônia. O Governo anunciou em abril a criação de 4 novas Unidades de Conservação, duas no Rio de Janeiro, para preservar uma área de restinga (Parque Nacional de Jurubatiba) e uma área de Mata Atlântica (Reserva Biológica da fazenda União), e duas em Roraima, para proteger a Floresta Amazônica (Parques Nacionais de Viruá e da Serra da Mocidade). As unidades somam juntas uma área de 596 mil hectares.
Pelo menos 22 países já aderiram à campanha da WWF, mas o Brasil é o primeiro a ser beneficiado pelos financiamentos do Banco Mundial, que no ano passado firmou compromisso de fornecer recursos para a proteção de 50 milhões de hectares de florestas, sendo metade dessa área em território brasileiro. Estima-se que serão necessários de US$ 84 milhões a US$ 165 milhões em um período de cinco a dez anos para que o Brasil consiga atingir a meta de preservação florestal. O acordo prevê que o Brasil entrará com uma contrapartida de metade deste valor.
Muitos países estão aprendendo na marra a importância de preservar suas florestas. É o caso da Malásia, de onde vêm as madeireiras que agora atuam na Amazônia. Depois de ter destruído grande parte de suas matas nativas __ uma área igual ao Estado de Sergipe entre 1990 e 1995 __, o país criou leis que estimulam a conservação. Além de investir no extrativismo, passou a explorar madeira de maneira sustentada, que chega a valer 15% mais do que as outras. A Malásia exporta US$ 3,8 bilhões em óleo de dendê e US$ 1,4 bilhão em borracha de seringueira por ano. Dez por cento de seu PIB provém de produtos florestais, o que prova que a floresta em pé vale mais do que toras de madeira.



MAPA MUNDIAL DE FLORESTAS

RegiãoÁrea Original Estimada*Área Remanescente**Área Protegida***
Ásia e Oceania36,024,26 (11,83%)0,22 (5,16%)
América Latina11,726,96 (59,39%)0,63 (9,05%)
América do Norte11,016,74 (61,22%)0,34 (5,04%)
África3,892,14 (55,01%)0,12 (5,61%)
Europa5,652,14 (37,88%)0,04 (1,87%)
Totais68,2922,24 (32,57%)1,35 (6,07%)

* Todas as áreas estão em milhões de km2
** Os percentuais referem-se ao que sobrou da área original.
*** Os percentuais referem-se ao que é protegido da área remanescente.

ÁRVORES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

Nosso planeta possui hoje algo entre 80 mil e 100 mil espécies de árvores. Deste total, cerca de 10%, ou mais precisamente 8.753 espécies, estão ameaçadas de extinção. Entre os países com maior número de espécies em extinção aparecem, em primeiro lugar, a Malásia com 958 espécies em extinção, seguida pela Indonésia, com 551 espécies, e pelo Brasil, com 462 espécies ameaçadas. Essas informações estão no relatório intitulado Lista Mundial de Árvores Ameaçadas, divulgado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e pelo Centro Mundial de Monitoramento da Conservação.
Realizado em 197 países, o estudo é considerado o primeiro inventário já realizado de todas as árvores ameaçadas de extinção no mundo. Segundo o relatório, a atividade madeireira (derrubada) representa a principal causa e ameaça 1.290 espécies. É seguida pela agricultura, que ameaça 919 espécies, pela expansão de povoamento, com 751 espécies, pela pecuária, com 417 espécies, e pelas queimadas, com 285 espécies ameaçadas.
Apenas 8% das espécies ameaçadas são hoje cultivadas e as áreas protegidas existentes no mundo abrangem somente 12% das árvores que estão desaparecendo. O relatório recomenda, para salvar o que resta, medidas como o aumento da proteção das árvores em áreas específicas, o manejo sustentável das florestas em conjunto com a certificação florestal, a recuperação dos habitats florestais com o controle das espécies invasoras e a conservação das espécies ameaçadas em jardins botânicos e bancos de sementes.
Das 462 espécies brasileiras ameaçadas, cinco são consideradas extintas, 38 enfrentam ameaça crítica, 106 estão em risco de extinção, 207 são vulneráveis, 23 são dependentes de conservação, 56 estão quase ameaçadas e sobre as 27 restantes não existem dados suficientes. Dentre as espécies brasileiras mais ameaçadas estão o pau-brasil, o pau-rosa e o mogno. O pau-brasil, usado para móveis, arcos de violino e na construção naval, com quantidades limitadas nos litorais do Rio de Janeiro, Bahia, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte, é ameaçado pela exploração comercial, uso local, desmatamento e destruição de habitat. Do pau-rosa se extrai um óleo para perfumes, resina e borracha e sua madeira é usada para mobílias. O mogno é a espécie de maior valor comercial no mundo e 70% de sua extração são exportados.

POR QUE AS FLORESTAS SÃO VITAIS PARA O HOMEM?

As florestas controlam o clima e os ciclos aquáticos e abrigam milhões de plantas, animais e microorganismos interligados em uma fina cadeia. As folhas das árvores absorvem dióxido de carbono (CO2), liberado pela queima de combustíveis, como madeira e petróleo. O gás é fotossintetizado e usado pela árvore em seu crescimento. Graças a essa capacidade de absorver CO2 e filtrar outros poluentes, as florestas ajudam a manter o ar limpo e reduzir o risco de aquecimento do planeta (efeito estufa). As florestas também são fontes de madeiras, frutas, borracha, cortiça, tinturas, óleos e remédios.
A floresta tropical, em particular, é hoje sinônimo de biodiversidade. O Brasil, que abriga 17% das últimas matas virgens, concentra 22% de toda a biodiversidade vegetal mundial. Grande parte dos princípios ativos descobertos contra o câncer nos últimos 10 anos vieram das florestas tropicais. Por isso é tão importante preservá-las.
Para tirar melhor proveito destas florestas é preciso manter seu equilíbrio natural e explorá-las de forma racional e sustentável. Assim, é fundamental que os projetos de educação ambiental possam conscientizar e mobilizar as pessoas sobre a importância da preservação do meio ambiente.

* Marcelo Szpilman é Biólogo Marinho, Diretor do Instituto Ecológico Aqualung, Editor do Informativo do Instituto e autor dos livros Guia Aqualung de Peixes e Seres Marinhos Perigosos.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Aquecimento Global

Todos os dias acompanhamos na televisão, nos jornais e revistas as catástrofes climáticas e as mudanças que estão ocorrendo, rapidamente, no clima mundial. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como tem ocorrido nos últimos anos.

A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40 graus centígrados, ciclones atingem o Brasil (principalmente a costa sul e sudeste), o número de desertos aumenta a cada dia, fortes furacões causam mortes e destruição em várias regiões do planeta e as calotas polares estão derretendo (fator que pode ocasionar o avanço dos oceanos sobre cidades litorâneas). O que pode estar provocando tudo isso? Os cientistas são unânimes em afirmar que o aquecimento global está relacionado a todos estes acontecimentos.

Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aquecimento global está ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente, derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc), na atmosfera. Estes gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa. Este fenômeno ocorre, pois, estes gases absorvem grande parte da radiação infra-vermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor.

O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colabora para este processo. Os raios do Sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, já se verifica suas conseqüências em nível global.


Conseqüências do aquecimento global

- Aumento do nível dos oceanos: com o aumento da temperatura no mundo, está em curso o derretimento das calotas polares. Ao aumentar o nível da águas dos oceanos, podem ocorrer, futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas;
- Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais (Brasil, países africanos), a tendência é aumentar cada vez mais as regiões desérticas do planeta Terra;
- Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas;
- Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas tem sofrido com as ondas de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças.

Protocolo de Kyoto

Este protocolo é um acordo internacional que visa a redução da emissão dos poluentes que aumentam o efeito estufa no planeta. Entrou em vigor em 16 fevereiro de 2005. O principal objetivo é que ocorra a diminuição da temperatura global nos próximos anos. Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite poluentes no mundo, não aceitou o acordo, pois afirmou que ele prejudicaria o desenvolvimento industrial do país.

Conferência de Bali

Realizada entre os dias 3 e 14 de dezembro de 2007, na ilha de Bali (Indonésia), a Conferência da ONU sobre Mudança Climática terminou com um avanço positivo. Após 11 dias de debates e negociações. os Estados Unidos concordaram com a posição defendida pelos países mais pobres. Foi estabelecido um cronograma de negociações e acordos para troca de informações sobre as mudanças climáticas, entre os 190 países participantes. As bases definidas substituirão o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Quibe Vegetariano

1/2 kg de trigo para quibe
1 xícara de cenoura
1 xícara de ricota
1 xícara de hortelã picada
1 cebola média ralada
1/2 pimentão vermelho médio
1/2 xícara de cebolinha
Sal a gosto

Preparo:
Ponha o trigo de molho em água morna suficiente para cobri-lo. Deixe de molho por 15 minutos. Lave os temperos, corte miudinho e refogue com um pouco de água. Misture todos os ingredientes, inclusive a ricota, que deverá ter sido amassada com um garfo, experimente o sal. Ponha a massa num refratário untado com óleo. Asse em forno quente. Tire do forno e pincele com uma mistura de água com gotas de shoyo, ou apenas água. Depois que a água for absorvida, regue com azeite de oliva ( opcional ).

TORTA DE TOMATE

Ingredientes
• 8 a 12 tomates (a quantidade dependerá do tamanho dos tomates);
• 3 colheres das de sopa de manteiga;
• 3 ovos inteiros;
• 2 gemas;
• 1 lata de milho verde;
• 1 pimentão vermelho, pequeno;
• 1 xícara de leite;
• 4 xícaras de farinha de trigo;
• 2 maços de salsinha;
• 1 maço de cebolinha;
• 1 cebola ralada, pequena;
• 20 folhinhas de manjerona;
• 5 folhinhas de manjericão;
• 20 folhinhas de alecrim;
• 1 colher das de chá de curry;
• 1 colher das de chá de molho de pimenta vermelha;
• 2 colheres das de sopa de catchup;
• 3 colheres das de chá de fermento em pó;
• 3 colheres de óleo;
• queijo prato ou mozzarella em cubinhos.

Modo de preparo
Coloque em uma tigela grande: 3 ovos inteiros, a manteiga amolecida, 1 colher das de sopa de óleo, os tomates e o pimentão picados bem miúdos, os temperos verdes bem picadinhos, o milho verde (com a água da lata), o curry, as pimentas e o catchup.
Acrescente 2 xícaras de farinha de trigo e misture delicadamente. Acrescente o leite e mais 2 xícaras de farinha de trigo. Torne a misturar, temperando com pouquíssimo sal. Por último, misture o fermento. A massa deverá ficar bem mole, mas não muito úmida. Se estiver muito firme, acrescente um pouco mais de leite, se estiver muito mole, um pouco mais de farinha de trigo.
Espalhe em forma grande, apenas untada com o óleo restante. Espalhe em cima os cubinhos de queijo, apertando cada um com o dedo para que penetrem na massa, mas fiquem aparentes. Leve ao forno médio por cerca de 25 minutos. Retire do forno e pincele com as duas gemas. Volte ao forno por mais 4 minutos. Pode ser servido quente ou frio. Se desejar uma receita menor, reduza os ingredientes proporcionalmente.

MOLHO DE TARATUR (À BASE DE TAHINE)


(Tahine é pasta de gergelim que você pode encontrar nos supermercados ou nas lojas de alimentos do Oriente Médio.)

TEMPO DE PREPARAÇÃO: CERCA DE 5 MINUTOS.

INGREDIENTES:
tahine; água mineral; limão; alho; orégano; curry; cominho; molho de pimenta; azeite de oliva.

MODO DE PREPARAR:
Bata no liquidificador umas três colheres das de sopa de tahine, com água mineral. Adicione um dente de alho (se preferir, sem o germe, a tripinha que você encontra no centro do dente, pois é ali que se concentra o olor). Acrescente o sumo do limão e uma boa porção dos temperos. Se estiver muito denso, adicione água. Se ficar líquido demais, coloque mais tahine. Deixe sempre um pouco mais fluido para poder acrescentar o azeite no final, pois este dá liga e endurece o molho.
Você pode utilizar o molho de taratur para substituir a manteiga no pão, para enriquecer qualquer outro prato cozido ou cru e ainda é uma excelente alternativa para substituir a maionese, bem como o creme de leite nos pratos quentes.

Risoto de Soja


Ingredientes:
2 xícaras de arroz integral cozido
1 xícara de soja em cubos
1/3 de xícara de amêndoas ou castanhas picadas
1 colher de sopa de gengibre fresco ralado
1 colher sopa de coentros picados
1 colher de sopa de casca de limão ralada
3 colheres de sopa de leite de coco
4 colheres de sopa de molho de soja
1 colher de sobremesa de sal
1 colher de sopa de óleo de canola

Preparo:
Refogar o arroz com o óleo, o sal e o gengibre. Cozinhar o arroz com
4 xícaras de água. Adicionar a proteína texturizada de soja.
Quase ao final, colocar o leite de coco e o molho de soja. Antes de
retirar do fogo, acrescentar a casca de limão ralada e o coentro.
Salpicar e decorar com as castanhas ou pistaches, na hora de servir.

Bife de Batata

Ingredientes

2 xícaras de batata crua, ralada com casca
1 xícara de cenoura ralada fininho
1 xícara de farinha de trigo
1/2 xícara de cebola picadinha
1/4 de xícara de cebolinha picada
Farinha de rosca até dar consistência
Salsa
Sal a gosto

Modo de fazer

Misturar todos is ingredientes e formar os bifes. Assar em forma untada.

sábado, 1 de agosto de 2009

História de GAIA



Bilhões de anos atrás na escuridão nevoenta do nada (Caos) vai surgindo gradativamente a imagem da divindade Gaia (Terra), que coberta por alvos mantos vai dançando e rodopiando, tornando-se cada vez mais visível. Com os incessantes rodopios seu corpo vai se solidificando e se transformando em montanhas e vales; seu suor transforma-se em mares e rios; seus braços alongam-se e a envolvem em proteção formando o firmamento a sua volta.

A união da Terra e do firmamento gerou condições para o surgimento da vida vegetal e animal, aparecendo também os gigantes Titãs com forma humana que deram origem aos deuses e deusas e posteriormente os seres humanos mortais.
Ante a curiosidade da humanidade sobre sua origem, permitiu Gaia (Terra) que sua sabedoria e conhecimento vazassem de suas grutas e fendas como Delfos, onde as sacerdotisas traduziam as informações às pessoas.
Esta é a lenda dos antigos gregos sobre a criação da Terra, chamada de Gaia, muito bem relatada por Elisabet Sahtouris, in Gaia do Caos ao Cosmos, Editora Interação Ltda.
No correr dos milênios de anos que nos separam da criação deste mito de origem da Terra, o homem se afastou da essência do ensinamento ali contido de que tudo gira em torno de uma evolução natural e biológica.
Nossa visão atual parte da escola filosófica que consiste e se desenvolveu através da ciência utilizando a física mecânica, dando-se valor apenas ao mundo real, porém, há uma tendência nos meios intelectuais modernos no desenvolvimento de uma visão da sociedade humana evoluindo biologicamente, acentuando-se a teoria da evolução biológica de Anaximandro, com a percepção de que o ser humano é parte integrante da natureza como um todo, como salientado pela referida autora.
Paradoxalmente o desenvolvimento tecnológico baseado na visão mecanicista forneceu os elementos técnico-científicos para a confirmação da teoria da evolução biológica ou da natureza viva, pois possibilitou ao homem ver que o planeta Terra é um ser vivo, já que tudo que o forma está em verdadeira ebulição, desde seus mais inferiores elementos.
Daí o surgimento da Teoria de Gaia de J.E. Loveloch, para a qual a Terra e todos os seus elementos formam um ente vivo, pulsando no firmamento.
Esta teoria hoje está tendo maior aceitação entre os cientistas, originando estudos mais direcionados à sua confirmação.
Os seres humanos, como as criaturas que têm condições de perceber a complexa interação da vida no planeta Terra, devem procurar solucionar os problemas advindos de sua própria interferência, entendendo a extensão da vida existente, conscientizando-se de sua responsabilidade, aliás imposta pela sua própria e natural evolução biológica e cultural.
Sem a compreensão da amplitude filosófica da criação da vida dos antigos gregos e sem os suporte científico obtido através de muitos séculos de estudo, o ser humano nunca vai entender a dança da vida, e conseqüentemente não poderá participar plenamente dela, ficando à margem da realidade histórica.

A Carta do Cacique Seattle, em 1855




Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. A carta:

"O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.
Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.
Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.
Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."


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